A franquia Guilty Gear completa mais de duas décadas como uma das séries de luta mais criativas e marcantes dos videogames. Criada por Daisuke Ishiwatari em 1998, a saga mistura rock pesado, magia, ficção científica e duelos eletrizantes com personagens icônicos. Agora, prestes a ganhar seu primeiro anime, “Guilty Gear Strive: Dual Rulers”, que estreia em abril de 2025 na Crunchyroll, fãs antigos e novos se perguntam: por onde começar?
Para acompanhar a história sem se perder, é importante entender a ordem cronológica dos principais jogos da franquia, além do que cada um trouxe de novidade. A seguir, explicamos o enredo dos títulos principais e suas contribuições para a evolução do universo Guilty Gear.

O nascimento da magia e dos Gears
Tudo começa nos anos 90, quando um colapso tecnológico global paralisa a comunicação e afunda o mundo no caos. Um homem conhecido apenas como O Original apresenta a magia como solução para a crise. Com isso, nasce uma nova era, na qual a energia mágica substitui a tecnologia convencional.
Em 2015, surge o Projeto Gear: uma iniciativa científica que visava criar formas de vida mágicas. O plano acaba gerando seres biológicos modificados, os Gears, programados para obedecer ordens humanas. No entanto, a primeira Gear consciente, Justice, se rebela e declara guerra à humanidade, dando início às Cruzadas — um conflito que dura cem anos.
Guilty Gear (1998): o início da jornada
Cinco anos após a suposta derrota de Justice, um torneio é realizado para encontrar novos membros da Sagrada Ordem dos Cavaleiros Santos. Sol Badguy, protagonista da série, vence a disputa e confronta uma Justice enfraquecida. Assim, o jogo marca a estreia do sistema air-dash e dos temidos golpes que eliminam o adversário com um único ataque.
Com jogabilidade frenética e estilo visual marcante, Guilty Gear conquistou espaço ao combinar elementos de mangá com lutas intensas.


Guilty Gear X (2000): o surgimento de Dizzy
A trama se complica com a aparição de Dizzy, filha de Justice. Apesar de pacífica, ela é caçada por representar um risco à humanidade. Ky Kiske, rival de Sol e líder dos cavaleiros, se apaixona por ela, dando início a um romance proibido.
Em termos de jogabilidade, o título introduz mecânicas que se tornaram padrão na série, como Roman Cancel e o botão Dust, além dos primeiros ports e revisões.


Guilty Gear XX (2002): conspirações e revelações
Duas semanas depois dos eventos de Guilty Gear X, a misteriosa I-No, serva de “Aquele Homem”, manipula vários personagens, incluindo Sol e Ky. A trama se aprofunda com o sequestro de Dizzy e a ascensão de organizações secretas.
A versão XX ficou conhecida pelas diversas edições lançadas ao longo dos anos e pela adição do modo M.O.M, que premia jogadores por combos criativos e uso estratégico de itens.


Guilty Gear 2: Overture (2007): o salto para a ação 3D
Quebrando o formato tradicional, Overture aposta em batalhas em tempo real com elementos de defesa de território. A história se passa anos depois, com Ky já rei de Illyria e pai de Sin, criado por Sol. A trama gira em torno do surgimento de Valentine, clone de Aria (Justice), e uma nova ameaça global.
Contudo, apesar da mudança de gênero, o jogo expandiu o universo da franquia, apresentando o Backyard, uma dimensão alternativa onde as leis da realidade são moldadas.


Guilty Gear Xrd (2014–2015): a guerra contra as Valentines
Dividido em Sign e Revelator, esse arco se passa no final da década de 2180. Ramlethal Valentine declara guerra contra a humanidade, seguida por Elphelt e outras “irmãs”. Por trás delas está a Vontade Universal, entidade que manipula os rumos da história desde o início da era mágica.
Com gráficos inovadores em cel-shading 3D que simulam animação 2D, Xrd redefiniu o visual dos jogos de luta. Transformaram o modo história em um filme interativo e introduziram novos personagens, como Jack-O’, peça essencial da trama atual.


Guilty Gear -Strive- (2021): o clímax da saga
Strive conclui os principais arcos da série. Sol confronta seu passado, enquanto Asuka R. Kreutz (Aquele Homem) tenta corrigir os erros do Projeto Gear. A invasão da Casa Branca por Happy Chaos cria o cenário para batalhas decisivas e resoluções emocionais.
Além do visual refinado, o jogo trouxe o sistema Wall-Break, permitindo transições entre áreas durante o combate, e ajustes nas mecânicas para atrair novos jogadores sem perder a profundidade estratégica.


Dual Rulers (2025): o anime que dá sequência à história
Situado após os eventos de Strive, o anime Guilty Gear Strive: Dual Rulers começa com Ky abdicando do trono de Illyria para governar Vialattea ao lado de Dizzy. O casal decide oficializar o casamento entre humano e Gear, o que gera tensão entre facções extremistas. Surge então Unika, figura misteriosa que se opõe à união e promete novos conflitos.
O estúdio Sanzigen produzirá o anime e adaptará o estilo visual da franquia para a televisão.


Aproveite ao máximo Guilty Gear
Para aproveitar ao máximo Guilty Gear Strive: Dual Rulers, vale a pena revisitar os principais jogos da série, seja por meio das versões atualizadas ou assistindo aos modos história disponíveis nas edições mais recentes. A complexidade do enredo pode parecer um desafio, mas recompensa os jogadores com uma narrativa rica, cheia de reviravoltas e personagens cativantes.
Com mais de 20 anos de trajetória, Guilty Gear se mantém como uma das franquias de luta mais originais, combinando estilo, trilha sonora marcante e mecânicas inovadoras. Agora, com a estreia do anime, é a hora perfeita para entrar de cabeça nesse universo.
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