Durante uma entrevista à Forbes, o CEO da Crunchyroll, Rahul Purini, foi direto ao ponto: a plataforma não pretende utilizar inteligência artificial (IA) em nenhum aspecto criativo de seus animes. Isso inclui tanto o trabalho dos estúdios quanto as atuações dos dubladores, que ele considera parte essencial da construção narrativa de cada série.
A declaração chama atenção principalmente porque, no ano passado, o mesmo executivo havia demonstrado interesse em usar IA para acelerar processos de legendas e transcrições, como revelou ao The Verge. Na época, a proposta era tornar os lançamentos internacionais mais rápidos e simultâneos com o Japão — algo que gerou muitas críticas por parte dos fãs.

A reação negativa foi imediata nas redes sociais. Muitos fãs deixaram claro que o anime deve continuar sendo uma expressão artística feita por humanos, sem interferência de tecnologias automatizadas. O caso das artes geradas por IA no estilo Studio Ghibli só reforçou o debate sobre o valor do trabalho manual e os direitos autorais.
Purini, agora, reforça que a IA é usada apenas em funções internas, como sistemas de recomendação e busca personalizada, deixando totalmente de fora o conteúdo dos animes.


Enquanto isso, outras plataformas estão indo na direção oposta. A Amazon Prime Video já testa dublagens feitas por IA, e a Netflix investe pesado em ferramentas de IA generativa, incluindo cenários de anime e tecnologias de voz.
Por enquanto, a Crunchyroll escolheu um caminho mais cauteloso — e muito mais próximo daquilo que os fãs realmente valorizam.
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Fonte: Forbes
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